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Mostrando postagens de novembro, 2011

Quem tem você?

Toda cidade acorda pra ver ela passar E a cidade implora pra vê-la sorrir E a simpatia descrente vem alegrar Sua presença que encanta o cinza nesse lugar E só depende da dádiva do povo ver caminhar A moça linda, valente que brinca, Com nossos olhos e o coração que pressente O anjo raro tão calmo que nos encanta, divinamente. Lá fora a chuva molha e o vento carrega Quem lá te toca e sente, quem leva Quem tem o anjo, quem tem a menina mais bela? Quem te espera quem te rega? Willyane de Paula 21/10/2011 12:53

Querer, não querer (o amanhã não tem data)

Não quis levantar. Não quis abrir os olhos. Não quis ao menos acordar, e nem dormir. Não desejou saber o que lhe angustiava a alma. Há muito nem lhe gananciava ter uma, Uma que não pode ser só, Essa que não foi feita em nós constantes, e nos distantes do que possa gostar. Não quis gostar. Não sabe o que é. Isso quis saber, pra mais cedo se livrar, De dor, culpa, rancor. Eu quis não querer, Ficar indiferente de tanto ter que ser, e viver, De tanto a cumprir, E muito a esconder debaixo de faces contentes, Que fingem indigentes que está tudo normal. Mas não quero o normal. E me lembrei que não quero querer. Então, o que vou ser? Um ser sozinho, apático. Mentir tristeza, medo, descaso. Escrever pra ninguém um labor solitário, E ficar ausente, reciclar meus relicários debandados de uma alma que eu não quis e a recíproca corpórea, De palavras que não quero escrever. De pensamentos que não quero ter. De ideias que não se fixam. De arquétipos que criam, para que eu possa ser assim, igual a

Sentidos trocados

Antes mesmo de tocar, Eu espero imaginar, antes de dormir, como seria. Antes mesmo de te ver Eu já vi; Eu já vi o seu toque Eu já senti o seu olhar Aspirei o seu gosto Te ouvi perfumar, a minha vida Toda indiferente a tatos De se enganar em sentidos, de fato, me acho. Em você já senti todos meus sentidos e também os perdi Trocados, o que agora sou eu? Todos eles só sabem decifrar o que é seu Willyane de Paula

Sina do norte

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Abriu a porta, despiu-se de tanto pano Afugentou, inundou, saiu por engano. Da cachaça vívida pura, sem precedentes. Amedrontou-se, se irritou com tanta gente. ~ Pra esquentar a vida boêmia disfarçada Ajoelhou-se, observou pela calçada. O belo, bom e justa vida tranquila. Se mandou, aninhou-se numa matilha. ~ Daquelas esbeltas, o malandro do samba. Que chega, causa, ignora toda moçada. De dentro da roda, não quis nada, que lhe acalma-se o prazer. ~ Não dormiu, desistiu de tanta vontade. Era novo, antropológico para sua idade. Sentiu que com a nega iria se desculpar. Esquecer daquela noite em que ela se irritara. Dos seus atos, vícios, aprendido dentro ao norte.  Vales, lagos, da serra do espinhaço. Mas já era um tanto velho pra se livrar da sina. Maldição incorporada;  foi morar em Diamantina. Willyane de Paula

Um céu

Um céu. É assim que eu te vejo. Quando perto no desejo, da para notar. Estrelas, que ainda ousam em brilhar, eu procuro seu aninho aconchegante a me abraçar. São suas marcas de nascença que me deixam com abstinência e vontade de te amar, mais. Mas, eu não tenho esse céu. Como flores no outono, vou desmanchar em pedaços. E vão rolar minhas lágrimas ao léu. Oh, menina seja o céu a alegrar-me nas manhãs. São contos de fadas destorcidos, indigente, coagidos pelo que está abaixo de nós. Errado, somos julgados pelo dia, pela mera covardia das arestas sociais. Então, me esconda em seus braços, E afastemos desse enlaço, Terra virgem de amor. Para criar nosso mundo escondido. Terei seu céu e o nosso abrigo, Terei você, terei a paz.                                                                                                                                       Willyane de Paula

Vamos resistir?

Vamos resistir? Há todos os empecilhos que são colocados Todos os “porem”, os “porquês” e o talvez. Ao ser seco, frio, impiedoso. Ao inverno, sem o corpo pra aquecer. Ao verão, para acalmar o verão que periodicamente vem de dentro. Iremos resistir ao tempo? Ao complexo? A duvida? Iremos resistir ao desejo, anseio e cura? Pensar no “proibido”, se deixar levar pela libido...iremos resistir? Podemos concordar sempre. Discutir incessantemente Apoiar! E vamos querer-nos adentrar... Juntar as mentes, emocionar? Eu quero querer-te sempre! Resistir de delinqüentes Amar não por amar! Eu quero me juntar nua Entregar e ser tua Me cobrir do teu abrigo. Eu quero estar presente... Presenciar sua loucura. Suas raivas e amarguras. Eu quero assistir! E eu vou ficar do seu lado Assistindo seus atos Rindo de sua personalidade. E então quando correr, vou atrás de você Para saber que te entendo. E nunca esquecerei, que por toda vida, amei A garota do sono brando.                                  

Enfim, fim.

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Você já está tão envolvido, com laços de afeto e afins tão fortes.resistentes como a prata que enfeita nossas mãos.com a confiança desconfiada inevitável e dolorosa, que não se importa mais em mostrar pra todo mundo a pessoa linda independente do sexo que te acompanha, importa-se em mostrar o quão é melhor pra você, pra vocês e tantos eus dentro de nós que são novos, um novo amor a manifestar-se por dentro, que pelos dias, torna-se comum, mas pelo tempo, o bem mais precioso que nós, seres vivos temos, apelida-se de necessário e indispensável para a minha própria sobrevivência e a sobrevivência desse entrelaçamento que de mais novo tem a idade.Nessa vida, porem. E se a gente não muda, podemos somar, como "o+l" e nos moldar para aquele modelo que mais convém, que mais lhe cai bem e que é capaz que servir em quaisquer situações. As pessoas procuram, acham e não se contentam. Assim eu queria, quis e quero e se não for para sempre, que seja em uma longa vida ou longos anos, meses

Espelho

Julga a injúria e a glória Julga a culpa e a escória Julga o medo e aptidão       Julga ferro, medo e noção. Julga o julgo do primário Sem julgar o julgamento que pensou o secundário Tantas “Julgas” e julgados que não cabe mais colocação No final, todos julgaram sempre os mesmos cidadãos. Que no espelho refletem sermos nós. Julgará só por julgar Que conjugados por toda vida Como um verbo sem cessar Sem cansar de armadilhas De conceitos, de aceitos. E suspeitos desatentos Que sem mais sem se julgar Julga o credor sem conhecimento. Willyane de Paula Diamantina, 2011

Chuvas e Idas

A água que cai do rosto inova A tristeza que vazou do peito e chora A mágoa que brinca e brinda na noite e molha Meu coração que com sua tristeza se afoga. A música de chuva que trilha o meu pranto Que da melodia a prosa que canto Sem mais e partilhas Sem medo e nem perdão O escuro da noite que copia o coração Vazio, Um pranto solar, de raios e promessas que param quando você vê E claro a chuva que vem E o claro sem proteção De mais um amor que padece sem razão                                                                                                         Willyane de Paula                                                                                                            Diamantina, 2011

Como primeira postagem, como primeira vez

Escrever é sempre inovador. Você nunca se da conta do que vai acontecer até o término. É assim, de constantes que formou-se a literatura. De apaixonados que a determinavam mais poderosa do que tudo. A poética! Oh, Aristóteles. Disso tudo inovador e primário, a complexidade e desorganização das minhas ideias não casam com o futuro e nem o futuro desse blog, que veio apenas num súbito de ociosidade e cobranças. Queridos, já tens o seu blog. E assim como a própria teoria literária e tantas outras, minhas postagens serão intermináveis e sempre aptas a edição. Até o título. Isso continua inacabado... Mad L.