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Mostrando postagens de junho, 2017

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O tempo é constante em me desconstruir Eu aprendi esse idioma do desejo, sem me inserir nos contextos em que ele se constroi Eu li sobre o amor até consumir todas as fontes Bebi todas as doses de desejo que surgiram Me embriaguei para ocultar-me da insanidade de tentar seguir em par Mas me perseguiam os estados solitários Os invernos tênues E os verões libidinosos E em nenhum livro, instantes, e tempos, foi-me alertado sobre o que me consome Eu degladio meu peito quase com sadismo de quem sabe que aquilo que quer não existe Por agora, me acomoda a crença de que há muitas vidas E me acalma os astros sobre a minha estreia no mundo E eu deambulo como me ensinaram, tentando que o acaso me note Mas agora reclino: - Se existe quem não a queria, aqui em cores anuncio que a espero para uma visita Meus costumes e minhas histórias Meus ouvidos e minha memória Pra guardar os novos contos que vamos escrever - Anuncio Me lanço e me retoma o mesmo instante de ceticismo Pois essas

Dos sentidos

Eu tenho em mim todos os sonhos do mundo Alguns eu descrevo, outros observo Nos plausíveis, emano desejo E cabe em meu peito uma lacuna sem moldes Eu guardo esses sonhos em lugares que andei E expando as minhas vontades nas palavras que escrevo Conjuro promessas quando te encontro Vivendo o acaso saciada em seu leito Tenho por dentro todos os medos, Mas resido somente onde a minha coragem aflora Permaneço onde o abrigo não cobra estadia E queira encerrar-me de toda apatia Eu guardo em mim todos os sonhos contigo E me desperta à razão o tempo e o enfado Mas tenho a coragem como aliada Para viver os sentidos aos quais estou atada

Por cierto

El error de la certidumbre es exigir que todos conozcan su trayecto sin que los vivan Del futuro es no dejar que el pasado se conjugue y que el presente sea Del consejo es sacar la oportunidad de aprendizaje De la sobriedad es pensarlo que es infinita Del para siempre, que nunca habrá tristeza Del llanto, que nos desvele Del refugio, que nos limite Del cuidado, que nos desestime Y de la fuerza, que nos abandone Del comienzo, creerse distinto Del normal creerse invisible Del silencio, un crimen Del amor, la primera mirada De ti, quererme alejada.