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Mostrando postagens de março, 2015

Meu tempo de cura

Causalidade da casualidade Talvez eu viva agora o carma que tanto me fez murchar A inversão de papéis, onde eu quebro corações Pena que a vítima não foram as assassinas E você tenha que pagar por isso. Talvez eu também levei a culpa do erro de alguém E te confesso, foram inúmeros erros. Não estou assim por escolha da prosa Fiquei assim por falta de poesia Na verdade, sempre resta a carne e a razão Que incendeia, aflige e nos deprime A solidão, agora, é só um crime doloso Despretensiosamente, eu escolho estar só Não que sejas má companhia Não que meu dia não se alegre com sua vinda Mas eu não floresço mais com luzes artificiais. E se saio estreando em muitos espetáculos E se em minha cama permeiam casos efímeros É que o meu tempo se desgastou num passado dolorido Que nem as suas mãos conseguem curar. Mad W.L. 11-03-2014

Compasso

Quero que o toque arda Que meu peito arfe com seu cheiro e cor Quero que minhas mãos trepidem Que eu só me arrisque pra onde você for Quero que sua boca toque Que você só note meu olhar vibrando Perto o suficiente, que essa promessa já me prende em cada risco, amor. Quero que esse sorriso mesmo tão arisco venha a iluminar Encantar todo meu dia, mesmo sendo fria, venha em mim juntar! E aquecer todo meu corpo, que já fica louco só de imaginar Toda a trama tecida, fio a fio, aflita para te amar.