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Mostrando postagens de abril, 2012

Intempéries Diamantinos

Oferecia sorrisos que não eram retribuídos Pensava dizer a eles – É de vossa graça, sem tributos incluídos. Desconfiados hesitavam por medo da cobrança a longo prazo, Medo da menina de cachos, que queria emprestar sem volta a sua felicidade. Mesmo em tenra idade, sabia o que a “dona” da janela pensava. Pele e lábios cansados, em pedras desaprenderam a sorri. Menina que lança afeto passa E por todos, ela caça um portal para se achegar. Mesmo feita de tristeza não se amedronta. E espalha por todos tornando-se pressa Dessa gente desacreditada que desaprendeu a sonhar. Willyane de Paula

Disserto

Eu não quero nada, que você não possa fazer. Eu não penso nada, que você não queira entender. E eu vou do inferno e gelo sem ter o seu abraço Mesmo quando eu nego eu quero, puro descaso. Eu não tenho mais do que poderiam te dar. Eu sou menos que o tempo, enquanto ele durar. Eu somei as nossas linhas, as nossas vidas num papel, Um mapa sem doce nem sal; tesouro imaterial. Nada que eu queira, mas por simples que pareça. E é difícil que meu ego cego, perceba. Uma briga com a consciência, displicência do acaso. Não saber o que fazer com inesperado. Uma nova cor pra pintar meu desenho pronto Um caminho novo, torto para conhecer. Tão constante como a vida que termina sempre igual Se você se for, em mim, não tem ponto final.     Willyane de Paula