Disserto

Eu não quero nada, que você não possa fazer.
Eu não penso nada, que você não queira entender.
E eu vou do inferno e gelo sem ter o seu abraço
Mesmo quando eu nego eu quero, puro descaso.

Eu não tenho mais do que poderiam te dar.
Eu sou menos que o tempo, enquanto ele durar.
Eu somei as nossas linhas, as nossas vidas num papel,
Um mapa sem doce nem sal; tesouro imaterial.

Nada que eu queira, mas por simples que pareça.
E é difícil que meu ego cego, perceba.
Uma briga com a consciência, displicência do acaso.
Não saber o que fazer com inesperado.

Uma nova cor pra pintar meu desenho pronto
Um caminho novo, torto para conhecer.
Tão constante como a vida que termina sempre igual
Se você se for, em mim, não tem ponto final.
   





Willyane de Paula

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