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Mostrando postagens de junho, 2015

Insônia

Eu tentava discernir em minha mente cada código do seu eu comunicante a cada olhar lançado a mim: qual será a verdade em sua mensagem? Eu sou o destinatário? E procurava respostas da pior maneira possível, apoiando-me na teoria dos signos, para te interpretar. Mas, calma: signos de Jakobson e Charaudeau, da comunicação, das belas artes e belas linhas que te inscrevem em minha insônia. Isso está quase formatado: como regras gramaticais, cada ação que cometo é friamente pensada, seja pelo inverno ou pela tentativa de racionalidade, a distância que propus, se torna mais tênue, como se meus passos virassem percalços alegóricos, com hora marcada pra chegar. Em ti, o que dizer Quando está em mim? De mim, o que vou ser Quando não estás aqui? Vou voltar, me reconstruir ou te aceitar? Há um problema em que não aceito se não for de bom grado, coisa de princípios em saber a origem do "onde veio", nada de comodismo. Talvez eu esteja ilhada te vendo dar voltas em saber se sou terra

Teatro

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Ela é artista do meu mundo Protagonista de meus sonhos E enredo da minha encenação Tragédia seriam suas luzes não Iluminarem meu cenário E cada cena dessa nossa fantasia Nunca mais estrear. Mad. L 16/06/2015

Do que quero

Parece que não houve doçura em sua vida Cartas com canetas coloridas E livros que guardavam flores roubadas Parece que não teve aquele segredo que valia a vida Ou uma desilusão que desejarias a morte Parece que não teve coração Parece que o guarda E eu sou a tripulante que navega dentro da imensidão de seus sentidos A procurar algum alento Algo em ti, isento de ilusão Aqui entrego as cartas que faltaram As linhas que permeiam o encontro E as impressões que me deixam muda Turva Oculta E te mostro que tive esses momentos Todos mal vividos Poucos dispensáveis Por que o que guardei de bom E do que senti agora É conveniente que saibas O ineditismo que, em mim, o seu estar aflora. 10/06/2015 15:30

Do que sou

E "vou sendo o que posso" Vendo o que gosto Tendo o que creio Mantendo o que já possuo Conquistando o que quero Libertando o incerto Vou sendo esse vento que te move os cabelos A voz que te incrédula E minha luz que sua retina espelha Estou "sendo um tanto" Tendo muito Estando tudo Mesmo mudo, não retiro nenhuma indecisão De que seus mistérios abrem e fecham aspas reticentes Correntes, mares e açudes Me adoça, me teme, me leve Só de leve, pra não "se desaguar" o fim.

Quando estás

Passaram por mim tantos sentidos poéticos Quantos foram possíveis de não serem escritos Marcaram em mim tantos passados incertos Que agora estão apagados por um triz De reinventar cada conceito E não me domar na limitação deles Me levas tão além que dar palavras a todo esse bem É tarefa sem conclusão Só quero a exaustão dessa liberdade quando queiras ficar Da saciedade quando queiras seguir Da longevidade quando estas aqui.