Do que quero

Parece que não houve doçura em sua vida
Cartas com canetas coloridas
E livros que guardavam flores roubadas
Parece que não teve aquele segredo que valia a vida
Ou uma desilusão que desejarias a morte
Parece que não teve coração
Parece que o guarda
E eu sou a tripulante que navega dentro da imensidão de seus sentidos
A procurar algum alento
Algo em ti, isento de ilusão
Aqui entrego as cartas que faltaram
As linhas que permeiam o encontro
E as impressões que me deixam muda
Turva
Oculta
E te mostro que tive esses momentos
Todos mal vividos
Poucos dispensáveis
Por que o que guardei de bom
E do que senti agora
É conveniente que saibas
O ineditismo que, em mim, o seu estar aflora.

10/06/2015
15:30


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