Insônia

Eu tentava discernir em minha mente cada código do seu eu comunicante a cada olhar lançado a mim: qual será a verdade em sua mensagem? Eu sou o destinatário? E procurava respostas da pior maneira possível, apoiando-me na teoria dos signos, para te interpretar. Mas, calma: signos de Jakobson e Charaudeau, da comunicação, das belas artes e belas linhas que te inscrevem em minha insônia.
Isso está quase formatado: como regras gramaticais, cada ação que cometo é friamente pensada, seja pelo inverno ou pela tentativa de racionalidade, a distância que propus, se torna mais tênue, como se meus passos virassem percalços alegóricos, com hora marcada pra chegar.
Em ti, o que dizer
Quando está em mim?
De mim, o que vou ser
Quando não estás aqui?
Vou voltar, me reconstruir ou te aceitar?
Há um problema em que não aceito se não for de bom grado, coisa de princípios em saber a origem do "onde veio", nada de comodismo. Talvez eu esteja ilhada te vendo dar voltas em saber se sou terra firme, se tu podes ancorar suas expectativas naquela profundidade que aparento ter mas saiba: eu nunca nado em rios rasos, logo me jogo mesmo em cascatas e tormentas profundas nem que seja pra me afogar, só pra te explorar. Por hora me alimento desses instantes, dessa inconstância. Mas o que me dá fome é encontrar esse inverso, e nessa escrita aqui, expresso, como seria bonito se navegássemos por aí.

Mad. L
28/06/2015

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