Intempéries Diamantinos
Oferecia
sorrisos que não eram retribuídos
Pensava
dizer a eles – É de vossa graça, sem tributos incluídos.
Desconfiados
hesitavam por medo da cobrança a longo prazo,
Medo
da menina de cachos, que queria emprestar sem volta a sua felicidade.
Mesmo
em tenra idade, sabia o que a “dona” da janela pensava.
Pele
e lábios cansados, em pedras desaprenderam a sorri.
Menina
que lança afeto passa
E
por todos, ela caça um portal para se achegar.
Mesmo
feita de tristeza não se amedronta.
E
espalha por todos tornando-se pressa
Dessa gente
desacreditada que desaprendeu a sonhar.
Willyane de Paula
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