Um céu

Um céu. É assim que eu te vejo.
Quando perto no desejo, da para notar.
Estrelas, que ainda ousam em brilhar, eu procuro seu aninho aconchegante a me abraçar.
São suas marcas de nascença que me deixam com abstinência e vontade de te amar, mais.

Mas, eu não tenho esse céu.
Como flores no outono, vou desmanchar em pedaços.
E vão rolar minhas lágrimas ao léu.
Oh, menina seja o céu a alegrar-me nas manhãs.

São contos de fadas destorcidos, indigente, coagidos pelo que está abaixo de nós.
Errado, somos julgados pelo dia, pela mera covardia das arestas sociais.
Então, me esconda em seus braços,
E afastemos desse enlaço, Terra virgem de amor.
Para criar nosso mundo escondido.
Terei seu céu e o nosso abrigo,
Terei você, terei a paz.

                                                                                                                                     Willyane de Paula

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