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Mostrando postagens de novembro, 2012

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Eu ainda quero te contar... Que por minutos eu esqueço da raiva. Da imobilidade de pensar. É como se não tivesse pernas, Que foram trocadas por assas que ainda não voam pra outra direção, E flutuam em um passado recente, Em que eu podia de forma displicente, Ignorar a sua ausência. De viver do que se pensa, Onde se pode controlar. É estar faminta do inesperado. É estar farta do acaso. Da teimosia dessa ferida que lateja, E encobre que meu coração seja, Um escravo da história que eu aos poucos vou apagar.              ( - Apagar o tempo nos ventos da nossa estacão...) Mad. L Montevideo

Capítulo II

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"Segue o vento sob minhas assas, eu não mando mais em nada, sei que é alto, mas eu vou pular..." Nao sei porque não pulei. Cheguei, sentei e não me senti livre. Me senti presa de ver o limite do horizonte. Se eu fosse até ele, se eu for atrás, nunca vai ter fim. Nadar e falar agora é incerto, é infinito; de cor. Se eu fosse até você ficaria anos, presa, na lei ou na minha lei de sempre querer voltar pra você independente de qualquer coisa. Mas agora independe de mim, porque eu não tenho mais controle. Nao tenho controle do cigarro que voa a cada ventania, do meu corpo lutando pra não deixar lágrimas no banco da rambla e na gola da minha camisa, do alcool que parou de queimar, por vício ou por má sorte, nem assim me fez deixar de derreter, de despencar, de rebaixar meu controle a uma pane sem reparos. Estou irreparável. Boa sorte foi ninguém passar...o que deixou-me tranquila pra iniciar um diálogo do lado errado. Gritar ao Rio de la Plata não iria fazer você escutar em out

Edaz"

Os que salvam Os únicos que me salvam Uma casa pra muitos visitantes Mas que ficam poucos moradores No abrigo da minha confiança Na impaciencia da minha tolerancia Em qualquer estacao, qualquer viagem, qualquer mencao de sairem eu ameaço! Qualquer um que ao acaso inferir Que nessa estrada nao tem pra onde ir Abrimos caminhos, descobrindo rios Que nos levam de volta pra intensidade No meu ninho de anjos e nossa amizade. Willyane de Paula Montevideo, 2012

Capítulo I

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Tudo parecia irreal... Sai, e só entao tomei nota que nao tinha comido nada além de galletas agua y sal, enquanto minha alma estava amarga. Chegaria atrasada para meu compromisso, era o último dia...foi o último dia "da gente", porque você nunca esteve comigo. Queria chocolate, mesmo nao gostando tanto, agora que percebi que comprei daquele que você mais gostava. Tudo estava em mim, o que éramos. Uma fila enorme, 15 minutos encarando o chao, 64 pesos, un caramelo de menta/mentira e queria fumar pra pensar que eu estaria morrendo mais rápido pra isso passar rápido. Tanta demora pra atender...mas eu nao tenho mais do que correr. Meu tempo agora é só meu. Desisti de comprar. Tomei o ônibus sem olhar comprei a melhor expressao que tinha na banca da 18 de Julio num camelô. Ele disse que se eu cuidasse bem, podia durar algumas horas. Tudo bem. Eu só precisava por duas horas pra ir pra aula e nao encarar perguntas. Vi de relance o nome de ônibus, se nao entendia em portugues, sua

Escuro

Eu sai da minha realidade Quando confundi seu sorriso com uma verdade E por um tempo quis a infinitude Eu tomei sua vida como destino Eu tomei os seus passos como meu caminho E caí em um precipício que nao consigo sair -Por Deus, porque assim? Essa coisa de dor Esse ódio como irmao Meu amor pegou as malas e nao vou impedi-lo - Nunca mais, que me dê um tiro Porque as vezes pode ser que eu sinta E se chegar, nao encare e vá Porque eu nao estou mais para doaçao Nao me importo de viver na escuridao Porque assim, eu nao posso te enxergar. Mad. L Montevideo 10/11/12

Sentir...

Parece luto Depois de tanto percorrer Eu ainda nao posso acreditar Que vendi a minha alma a ti E te sacastes tao fundo, que nao saberei recuperar Parece mentira Mentira foi tu E agora vai olhar o meu quarto Vai abrir meu armário, e eu vou estar la Como pode nao sentir? Como pode me enganar? Hoje acordei com a esperança de ser um pesadelo Hoje eu senti medo de nao mais confiar Eu, que nunca pensei em desistir Eu, que nunca cogitei te deixar E meus planos só sao infalíveis, numa utopia que insiste Que alguém nesse mundo, seja digno de amar. Mad. L Montevideo 10/11/2012

Nota oculta

"Eu não te mostro mais o meu amor Pra ridicuralizá-lo, já basta a minha razão É que quando eu tô de dupla, eu me recorto em duas E me exponho a cores que só seus olhos podem ver Eu agora vou esconder. Porque eu já não sou a novidade do seu dia E se o que digo, não trás alegrias, pra você mostrar É como fingir ser feliz... Segurar o sorriso, Pois eu te mostro, e se agora eu sigo, É porque deixei pra trás a sua prioridade. em mim." Willyane de Paula Montevideo 03/07/2012

Pedido

Nao se perca Nao me perca Eu vou alí e vou voltar Nao será preciso me buscar em esquinas Nem me procurar Eu sei o caminho de casa Estao marcados com gotas do nosso sofrer por esperar Nao nos perca Nao se mova para que eu possa te encontrar Nao mude de perfume para que eu possa me localizar na primavera Ha tantas flores surgindo nesse tempo... E nesse total irreal nao tem você. Eu te guardo, mas nao te prendo. Eu nego, mas por mim eu temo, Que se va por lugares que eu nao sei chegar Que saia da sua rota, sem me pedir pra te acompanhar. Willyane de Paula Montevideo 01/11/12