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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Mulheres que correm por si mesmas

 Não corro em matilhas Tampouco em bandos Caço sozinha E divido com quem tá precisando Não tenho ego de ver o mundo ser do meu jeito Afinal, ninguém é perfeito E o aceito ser tal qual é Quando vejo algo de mim se concretizando, só me encho de fé Por ter ao meu lado o instinto do sapiens Em meio a tanto individualismo dos homos Fazendo corrida e sendo ao mesmo tempo o Touro Tolo Meu alvo é minha mente Expandi-la até me tornar descrente  Atrofiar teorias fúteis que se instalam como verdade Por meio de minha ação Buda Te deixo que a ti mesmo te chegue a labuta Da interna constatação do ser através do tempo É ele que conforta o andar do solitário Que entende cada dia como uma infinidade do acaso. Almenara. 29/02/2024

Intempéries Almenarinos

Da subida da serra pra cá o andor é diferente Já não te vêm como gente Te vêm como diferente E te dão indiferença Não dão bom dia, nem bença Impera o misericórdia e a falência O enriquecer o esperto Pelo tolo, que moram perto Ainda estão em 1700 e poucos Quando tinha ainda que só ver o preto de olho torto Ressabiado pelo seu existir Aqui ainda é assim Me vigiam por todo lado Mesmo com a minha conta bancária jorrando pelos lados Como nunca foi na vida Mas o que vale mesmo essa sina? Ter gimbrim em meio a tanta energia pesada Percorrer tão longe nessa estrada Pra o preço do boleto pago  ser racismo, humilhação e escárnio De uma gente que não percorreu um décimo do chão de mundo que você comeu Que conseguem conceber a ideia delas de sua trajetória, com a limitação cognitiva de suas vidas sem glórias Ganhando através de esquemas e nunca por vitórias Ainda presos em minha imagem como submissa no palo Não querem que eu tenha voz Mas se eu não falo, eu faço E quando eles vêm, tá a gente toman