Mulheres que correm por si mesmas
Não corro em matilhas
Tampouco em bandos
Caço sozinha
E divido com quem tá precisando
Não tenho ego de ver o mundo ser do meu jeito
Afinal, ninguém é perfeito
E o aceito ser tal qual é
Quando vejo algo de mim se concretizando, só me encho de fé
Por ter ao meu lado o instinto do sapiens
Em meio a tanto individualismo dos homos
Fazendo corrida e sendo ao mesmo tempo o Touro
Tolo
Meu alvo é minha mente
Expandi-la até me tornar descrente
Atrofiar teorias fúteis que se instalam como verdade
Por meio de minha ação Buda
Te deixo que a ti mesmo te chegue a labuta
Da interna constatação do ser através do tempo
É ele que conforta o andar do solitário
Que entende cada dia como uma infinidade do acaso.
Almenara. 29/02/2024
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