A cidade estava mais cinza do que descrevem os uruguayos. Nao precisou sair porta afora para sentir. Ela está se preparando para o Natal, que sempre se repete, o ano novo, que só muda de número. Esperamos roupas novas, cabelo novo, projetos novos, sendo que trocar de datas sao so a continuidade da vida e dos mesmo vícios, dos mesmos amores. Você nao vai conseguir mudar sua vida somente pelo fato do relógio marcar meia noite e ser 1º de janeiro, e vir o carnaval, e vir o seu aniversário. Sempre se repete. A rotina do mundo, a ironia do comercio, das cancoes de fim de ano, onde a festa nunca vai ser sua, as alegrias nunca serao de todos. Sonhos só sao verdades se postos a prova no presente. Sonhar um futuro é traçar uma utopia em que esperamos ajuda de uma força maior para se concretizar. A força maior parte de sair do repouso das ilusoes e correr, andar devagar também, mas sair. Só chega-se ao destino se comprarmos as passagens desde a dedicacao. Fora isso, estou atrasada alguns capítul