Sina
Não deixo saudades por onde passo
Ando como se a estada fosse o último destino
E por senti-lo assim, vivo como se o amanhã fosse utópico
E a certeza, uma prisão
Por caminhar disperso, percebo mais o mundo do que as pessoas
Amo lugares inabitáveis, como corações descrentes
Rotinas monótonas
E fugir de gente
Denso como o ar das 6 a.m fluindo por entre as árvores e montanhas
Danço, em minha mente, passos que me levem por entre cumes e vales
O que dar ao mundo quando nada se tem?
O que mudo nele quando ninguém me vê?
Não deixo marcas por onde piso para repetir o caminho sem saber voltar
Porque andar em círculos é como se move a vida
Que melhor que estar estático é se divertir com a sina.
3 de agosto 2020
Quarentena.
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