Óculos
As vezes eu tiro os meus óculos para não enxergar nada em frente. Eu vejo o vulto das pessoas e é so isso que quero ver.
Não me interessam suas cores, seus julgamentos e perguntas: eu só quero passar sem notar nada. Evitando
Evitando tudo que está em mim.
Não enxergá-las me trás um silêncio e acalma a minha mente.
Eu valorizo muito o silêncio, ele é lindo. Não é solitário, não te suga. Ele me conecta com tudo que ha dentro.
Queria que fosse tão fácil silenciar as dores como quando tiro os meus óculos.
As vezes me pergunto alguma forma de esquecer tudo isso, me desconectar de todas as questões pertinentes e impertinentes do dia seguinte, mas me falaram que a falta de planejamento te definha, o que é contraditório, pois, o que mais me acumula são todas as coisas que devo cumprir.
São só deveres
E onde está o meu direito de desistir?
- Você sabe que não nasceu pra isso. Sua estrada está cheia de buracos a serem tampados, e caso você tire os seus óculos, você não verá aqueles que vão causar seu tropeço, sua destremura ou sua dormência.
Eu ando tropeçando. Talvez o grau que utilizo não está filtrando bem por onde devo desviar, o que deve tampar e esquecer ou até mesmo aqueles que devo me lançar, pra ver se é raso ou se a profundidade nunca mais me deixe emergir desse poço que caí.
Fato é que, as vezes, mesmo com lentes, planos e ideais, a mesma ilusão da vida ou a ilusão de ótica me recobrem os olhos, travam minhas pernas e consomem a minha mente.
- O grau está errado ou esse buraco é muito extenso para que eu possa atravessá-lo?
Ainda não sei. Por hora, eu uso as mesmas lentes e estou aprendendo a nadar nesse lago que se tornou o tropeço que cometi quando usava óculos diferentes. Talvez eu deva trocá-los por óculos de mergulho, pra mergulhar lá no fundo e salvar-me a alma que se debate para reaprender a ver e a respirar.
Mad.L
Não me interessam suas cores, seus julgamentos e perguntas: eu só quero passar sem notar nada. Evitando
Evitando tudo que está em mim.
Não enxergá-las me trás um silêncio e acalma a minha mente.
Eu valorizo muito o silêncio, ele é lindo. Não é solitário, não te suga. Ele me conecta com tudo que ha dentro.
Queria que fosse tão fácil silenciar as dores como quando tiro os meus óculos.
As vezes me pergunto alguma forma de esquecer tudo isso, me desconectar de todas as questões pertinentes e impertinentes do dia seguinte, mas me falaram que a falta de planejamento te definha, o que é contraditório, pois, o que mais me acumula são todas as coisas que devo cumprir.
São só deveres
E onde está o meu direito de desistir?
- Você sabe que não nasceu pra isso. Sua estrada está cheia de buracos a serem tampados, e caso você tire os seus óculos, você não verá aqueles que vão causar seu tropeço, sua destremura ou sua dormência.
Eu ando tropeçando. Talvez o grau que utilizo não está filtrando bem por onde devo desviar, o que deve tampar e esquecer ou até mesmo aqueles que devo me lançar, pra ver se é raso ou se a profundidade nunca mais me deixe emergir desse poço que caí.
Fato é que, as vezes, mesmo com lentes, planos e ideais, a mesma ilusão da vida ou a ilusão de ótica me recobrem os olhos, travam minhas pernas e consomem a minha mente.
- O grau está errado ou esse buraco é muito extenso para que eu possa atravessá-lo?
Ainda não sei. Por hora, eu uso as mesmas lentes e estou aprendendo a nadar nesse lago que se tornou o tropeço que cometi quando usava óculos diferentes. Talvez eu deva trocá-los por óculos de mergulho, pra mergulhar lá no fundo e salvar-me a alma que se debate para reaprender a ver e a respirar.
Mad.L
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