Você merece
Nada mais justo essa fartura de corpos
Essa quantidade de mãos
E essa intensidade de bocas
Nada mais justo meus lençóis gastos
Meu beijo sem identidade
E minha memória sem saber as contas
A quantas anda a minha ficção por amar?
A quanto tempo não me perco
E só vou onde meu tédio não vá se queixar?
Não queira que eu insinue que sua vida é bem vinda na minha
A quem eu dei, foi recusado
Não pense que só isso, de fato, me faça sentir-te noutro dia
São só matérias da minha biografia
Esse livro sem capa que eu mesma destruí
Essas linhas borradas que eu mesma risquei
Páginas amargas que eu mesma rasguei.
Não repita.
Permita minha ida
Meu choro, minha loucura
Permita meu silêncio, meu tempo
Meu isolamento
Não pedirei permissão para que entendas meus vícios
Nem direi não, se queres comer meus resquícios
A carne que provares já sabes pode te envenenar
Procure o seu antídoto quando eu não puder te salvar.
Essa quantidade de mãos
E essa intensidade de bocas
Nada mais justo meus lençóis gastos
Meu beijo sem identidade
E minha memória sem saber as contas
A quantas anda a minha ficção por amar?
A quanto tempo não me perco
E só vou onde meu tédio não vá se queixar?
Não queira que eu insinue que sua vida é bem vinda na minha
A quem eu dei, foi recusado
Não pense que só isso, de fato, me faça sentir-te noutro dia
São só matérias da minha biografia
Esse livro sem capa que eu mesma destruí
Essas linhas borradas que eu mesma risquei
Páginas amargas que eu mesma rasguei.
Não repita.
Permita minha ida
Meu choro, minha loucura
Permita meu silêncio, meu tempo
Meu isolamento
Não pedirei permissão para que entendas meus vícios
Nem direi não, se queres comer meus resquícios
A carne que provares já sabes pode te envenenar
Procure o seu antídoto quando eu não puder te salvar.
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