Sabe o que sou?
Sabe o que eu sou? Aquela que não se cala Pois já nasceu silenciada E aprendeu a falar Aquela da cor perseguida Do mérito não considerado Da batalha perdida E que aprendeu a se levantar Sabe o que sou? Aquela que incontesta o contestável Que leva nas mãos os calos que se formaram pra eu chegar até aqui O que sou são as cicatrizes O que falo e o que vejo E não será mais um senhor e seus desejos Que limarão o corte do meu facão Que com suas cobras quer envenenar-me a carne E se auto-flagela em seu desejo E se queres ser meu inimigo, aviso: - Tenho Oyá, aqui comigo. Mad. L