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Mostrando postagens de novembro, 2015

2015

Corri Suei Virei Perdi Amei Desamei Experimentei Tentei Tentei Tentei Rezei: Consegui! Publiquei Li Reli Escrevi Inscrevi Elegí Me escolhi! E vou. Voei Em cada canto Em cada lugar No meu encanto Paguei Dei Dei E doei Gozei Gozamos E me afastei ou fiquei? Não sei. Reencontrei Perdoei Chorei Gritei Torci Resisti Enegreci Bebi Suguei Beijei, beijei, beijei, beijei, beijei [...] Até gastar Emudeci Mudei Colori Reassumi e resumi: que o melhor de tudo, foi ter vivido pra mim. [...] já sinto saudades, 2015.

A - mando

De repente todas as suas verdades pareciam ser descritas em meus desejos A sua realidade se mostrando, parecia deja'vu em meus sonhos. E seu medo me pareceu sincero E suas palavras pareciam cura Há meses não sentia Há dias se perdia Há algumas horas renasceu em si O que nenhuma voz, em mim, faria.

Áries

Eu divido a conta com quem gastou comigo E divido as dúvidas com quem as faz Eu divido meu tempo com quem acha válido E divido meu sorriso com quem nem tenho contato Eu divido a vida com quem me acompanha E divido segredos com qualquer papel Não divido a confiança, não divido o medo Compartilhar insegurança, não faço, não tenho. Eu divido beijos com quem me beijar Eu divido a cama com quem quiser ficar E entrego o corpo pra quem quiser tocar Mas não mostro a alma pra quem quer só bisbilhotar Eu divido o que aprendo com quem tem interesse E divido a leitura em partes iguais Não comungo de dividir tanta intimidade Com quem esconde a mão que fez a maldade Se eu dividir e você não fizer igual Posso admitir, não terás mais minha parte Não serás parcela do meu total difuso Nem esmola, sobra Do que eu já nem uso

Seleção natural

Somos seletivos na dor Somos seletivos na cor Somos seletivos ao alvo E não somos seletivos às marcas Às armas, aos cortes, lanças e açoites Mandadas pela corte que não escolhe de quem tirar Que não pesa quem vai ficar No escuro No lamaçal Na chacina - Mas, ali, vê naquela esquina Também há um sofrer silenciado Mas não existem câmeras que filmem o descaso Que nossa seleção deixa de lado.

Intercâmbio

"Algo me separa de você Talvez sejam os meus sonhos Os meus medos Tua brandura E essas lacunas preenchidas dentro de mim quando você sorri Algo me separa da minha vida na sua Tua cor se destacando Seus botões se abotoando E suas mãos me domando Algo me separa Me separa do tempo Me separa do caminho tomado E do que o próximo dia será É, meus dias estão contados E talvez o seu calendário não mostre a data do nosso desenlace Mas em mim existe, nesse instante, um vôo e uma partida Em mim existem dois idiomas, uma certeza, uma rotina E algo me junta nesse roteiro Me guia num caminho Me deixa assim, sem medos Do que esses kilometros trarão à você Algo me separa em saber Que na verdade O que me arrebate É que todo início se tornou um final Cada beijo se tornou despedida E toda possibilidade apenas uma verdade que não saberei o que deu E antes mesmo de te ter Estar consciente que eu vou te perder"

Pela fresta

Ela entrou pela fresta Ignorando meu recado de ausência Será que me resta avisar Que em minhas dependências os móveis estão empoeirados Os vidros quebrados E as paredes manchadas? Será que ela não sabe das marginais que me invadiram Tiraram o pó E depois sumiram? Deixando minha casa toda desconjuntada? Mas ela vê pela fresta Só um pouco da bagunça que há dentro Vê no escuro o que me prendo Em deixar desorganizado Para não ter que ocupar-me em me encontrar Ela não sabe que porta adentro o que me preenche é saber que, pela fresta, o que eu rezo é que ela quebre minhas paredes ou as decore Que seja Dona daquilo que ficou Que tire o mofo Abra as minhas cortinas E proteja os meus olhos se a luz dela me cegar É que, veja, eu estou aqui há tanto tempo presa Que talvez suas chaves se façam cadeados E se me pego assim, solitária É que essa casa parece mais segura que sua isca Mas pode sentar Tome esse chá Quiçá eu me arrisque E deixe que você ao menos piche esse cômo