Só pra me gastar
Dobrou a
esquina
Caminhava
diferente e agora pensava:
Preciso ler
sobre o inverso dos sintomas do amor
Gastou tanto
tempo preenchendo testes
Que esqueceu
que a estatística para eles estarem certos
Era a mínima
probabilidade de você ficar
Mas se
animava quando o mundo a contradizia
E te trazia
até o meu canto
Passou
perfume, pediu ao Santo, para bem-dizer a aurora que viria
Ah, mal
sabia que chuvas de verão podem se prolongar
A brisa
forte que me deixava inteira
Poderia ser
desviada nessa lei de não se entregar
Mas foi só
pra se testar
Porque
andava descrente de sua bondade
Questionou
sua alegria, mudou sua imagem
Para que não
refletissem seu eu agostino
Trouxe o
primeiro de abril um conto tão sombrio
Que queimou
feito fogueira a sua crença no São João
E até
evitava de ouvir um “não” quando se segurava para não se importar
Só pra se
enganar
Que primeiro de abril era mentira do povo
Que primeiro de abril era mentira do povo
Quem não
estaria assim, louco, se visse no ato seu corpo arfar?
Ninguém iria
duvidar da irrealidade que me consumia
Despida,
corrente
E era
crescente, a minha vontade de repetir cada instante
Fosse eu
mais inconstante
Não estaria
aqui a te desejar.
Só pra
desgastar.
Mad. L
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