Antes que pergunte

Não me orgulho da facilidade de perdoar
Nem da dificuldade de esquecer
É diferente saber que cada significante age de forma ímpar em cada pedaço de ser

Pra ter que seguir, eu tive que reconstruir tudo dentro de mim
Um processo inacabado e um projeto a longo prazo

Não tenho orgulho de ser assim
De estar tão perto do fim
E reiniciar, como se nada tivesse ocorrido
Essa jornada em torno do que sou, não tem volta

Por mais que eu percorra um novo olhar
E ele possa encantar o meu ceticismo
O ato de me perder é saber que tudo lá atrás foi apagado

As vezes a memória engana a teimosia e resquícios de saudosismo te dão um sorriso espontâneo, que logo o coração aperta e a mente capta dizendo "não"

São processos que meu corpo aprendeu para nunca mais te dizer sim.

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