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Mostrando postagens de outubro, 2014

Amor, migalhas e pastillas

O amor se vai e deixa um rastro de migalhas de si mesmo Algumas pílulas e uma ressaca sem autoria - Foi da noite ou foi do dia A culpa desse desespero Foi do quarto, da rua, do compromisso Da entrega, da sorte do cinismo De certo, é que se foi E disse que seria um adeus E essa anestesia de pastillas É só pra encobrir o ego enfermo Ou do imediatismo com que padeço De não precisar tomar-me de disfarces para curar-me do desenlace. 

Confiança

Quem decide sua felicidade pela mão do outro Não consegue agarrar seus próprios sonhos E se solta nas apostas do incerto E não se vê, mesmo estando tão liberto - Porque fechou os olhos ao seu próprio desejo? Porque tornou-se réplica de todos os defeitos E cerca-se de uma dependência que ainda não proibiram Que inibe sua força e resignou o seu caminho A ser inerte, passo falso na incerteza Deixou-se enganar por sua própria  grandeza Que induz o seu coração a mais um erro cego Nos seus sentidos esquecidos dessa tortura que carrego 08/10/2014