Felizes são os conservadores

Felizes são os conservadores
Pois é deles o reino da razão
Dá vontade de matar e morrer
Ressuscitar num outro mundo
Não ir tão profundo

Ser raso

Passar por vidas como chuva rápida
Por corações, sendo cega e muda
E, em mim, ser surda para não escutar meus apelos

- Com quem será que dividirei meus anseios ?
- Ou estou fadada à insatisfação humana?

Me parece que sou a última romântica
Que se apaixona a primeira vista
E torna-se livre para ser submissa

Felizes são os conservadores
Porque são deles seus próprios destinos
E percorrem mundos com seus próprios caminhos
Secretos
Para ninguém os acompanhar
Para ninguém os atrapalhar
São pontuais nas almas que não vão explorar
E secos, por todos aqueles que não vão chorar.

W. de Paula

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