Afonso


Dê-me uma bebiba pra esquecer
Dê-me um cigarro pra eu ser clichê
Apague a luz da rua
Não feche as cortinas pra eu ver o escuro
Pra sentir algo mais inseguro quanto eu
A rua não luziu mais os faróis
E os postes se mantêm de pé, mesmo descartados
- Inutilize essa carta antes de entregar
Entenda e leia a despedida desse romance lunar
Em fases, mais incertas, no final nada cresceu em mim
Minha criança, ainda lua nova desistiu de que
Os astros conspirassem para você me ver
E agora o ciclo é só repetição da queda
- Ao menos pague minhas bebidas com qualquer moeda
E agora meu ciclo é pensar, que há um eclipse no lugar aonde irei te receber
Pois nunca enxerguei sua mão estendida em meio das vidas que desencarnei.




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