Repetitivo

Acordou e pensou que já era hora
Uma que chega e não faz sentido
Mas já eram as três que não soube responder o sentido do que fez até aqui

Uma vez traçou uma rota e se encontrou. Algo a prendia...
Hoje lhe solta a vontade e lhe sobra o medo, que não assume, não compactua
Apenas segue repetindo
- Logo você, forasteira de novidades
Que prova o desconhecido com ânsia e se surpreende em notas rápidas e passageiras.
Deambula
Sem se aproximar do descanso
Do que lhe acalma
Talvez a inercia seja a sua pior inimiga
Ou a impaciência de seu relógio na mesma velocidade
Ora, se é o tempo o mesmo
Por quê seria diferente enquanto o vive?

O tempo
As vezes sinto que o perco ou o ganho
Sinto que perco sensações
E ganho uma pilha de frustrações
Embolada e arrastada aonde vou
Ela pesa
Me enforca
Me cansa
E eu só quero lança-la o mais longe possível

Mas perdi a minha força no trabalho
A disposição no ego do mestre
O sonho nos limites sociais
Que os rompo indo em favor da corrente pois me disseram que já era hora
Essa que não tem sentido.

Mas são três da madrugada
Eu devo estar atrasada quando tiver respostas pra isso.

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