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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Atualidades

São tempos difíceis para os românticos Fáceis para os amantes Cruéis para os idealizadores Tempos de dúvida para poetas De inspiração para os cronistas De insatisfação para os contistas São tempos amargos para admiradores Desmotivado para sonhadores Descrente para pacientes Tempos de crise para solistas De consternação para empiristas De inquietude do eu lírico São dias decepcionantes para os apaixonados De ansiedade para os confusos Irritantes para decididos Tempos de solidão das almas Da junção de corpos sem premura Do estar estático nesses plurais de amargura. Mad. L

Ascendente

Pois no fundo eu sei que a novidade passou Você é como eu, comprada pela conquista e consumida pelo tédio Então, em que me esmero para continuar? Não são nocivos os meus segredos Os que você já despiu e engoliu diversas vezes Pois parece que a saciedade não chegou Eu vejo um espelho dos meus desejos refletidos em você Todos imagéticos, inconstantes, indiscretos Contrastados na impulsividade que disponho Chocados com outro igual em minha frente Eu repito de forma insistente para não deixar fluir Algo que você também deve ter sentido É que por mais que eu me tome de imediatismo É em passos curtos que quero te alcançar É com o coração repousado que quero te sentir É com você ascendente, pro mundo a gente luzir. Mas, por mim, eu seria seu Tão pateticamente insatisfeito como eu

Aqui ainda...

E que apesar de teres ido Permanente, aqui, se faz seu cheiro Fincou em minha pulsação um compasso reticente Sentindo fio a fio o arrepio de suas mãos Será que você volta? Na incerteza da saudade, quem responde é o meu amor No calor desse seu beijo, quem me marca são seus olhos Que no tato desse feito, meu desejo é um clamor Que se despede satisfeito, inteiro e devastador. Para L. Espírito Santo

Transição

Me faltam algumas emoções que são esperadas (1a) Sobram em mim instantes de comodismo (2a) Talvez chegou a data em que eu perdi meu brilho e anseios fantásticos sobre a vida (3a) O relógio emotivo me aponta a hora do despertar dos meus sonhos (4a) Para trilhar no que é concreto a minha estadia (5a) Mas sinto falta de pisar na terra úmida, cheia de folhas da minha poesia (6a) É a hora que Peter evitou e algo em mim chorou (7a) Foi o tempo em que anulei tradições e rituais (8a) Tão vívidos quanto a morte (9a) Me faltam algumas razões desesperadas (1b) Sobram em mim angústia e desalinho (2b) Talvez foi-se o tempo de encontrar nessa penumbra a verdade sobre a vida (3b) Já perdi a hora e agora não posso mais dormir (4b) Tenho que caminhar sobre os rejeitos dos meus sonhos (5b) Mas sinto muito vestir-me em mentiras que refutam minhas poesias (6b) É a hora em que os meus olhos já não conseguem fingir e choram escondidos (7b) A cada tradição e ritual que eu não fazia questão d

!Ya está!

Já vem a boa nova, Já vem Já foi o pior, Já foi Já está em alinho o tempo Estou Já passou o pior momento Cerró Já sou o que eu tentava Entrei Consternei como me contentava Falhei E renasci um pedido antigo Prosperar Para que minha trilha esteja limpa de cada afronta. Será!