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Mostrando postagens de setembro, 2013

Hybris de Setembro IV

Duas noites esperando, relutando em não querer. Uma delas, fui tentando, e rebateu-me sem merecer Depois na outra ,cedeu, comeu minha boca sem tocar. Fez-me cega de repente, a insistente insônia. No outro dia, eras Santa, com velas e crucificou. Cada chance, cada instante, de qualquer antigo amor. Mas então veio a tempestade, aquela que "me" precisava. E eu troquei escalar escadas por subir de uma vez só. E só as janelas viram tudo girando, Viram toalhas, viram roupas, viram corpos gritando. Insistindo, insinuando, agradecendo, abandonando. Vi então desmoronar toda quarta, quinta e sexta, numa segunda controversa. Na doçura ácida corroendo-me às pressas de repetir pelo resto da vida, as madrugadas frias, nas cervejas quentes da paulista. 25 de Setembro de 2013 acho...

Hybris de Setembro III

As palavras são o que mais venero Vindas de ti parecem brindar meu ego Não sei se me apego ao físico, ao tato. Não sei se repito o erro da entrega Em um dia, que se revela, perigoso demais pra controlar. Amável, afável, surpreso, duvidoso. Segurar-me em uma noite, desse Setembro disposto, A me remoer a dúvida da sua ausência, Agora, agonia, influenciada pelos dias sem você. Agora, influência dos dias de tristeza e agonia.

Hybris de Setembro II

Tinha o céu exposto E o meu coração também Tinha minha carne quente Nos seus sentidos cheios de prazer Tinha a minha tremura só de te ver sorrir Tinha a amargura, de lembrar o dia que me acompanhara partir. Tinha os lábios suaves E a língua turva Tinha olhares, milhares. Que não nos viam na noite escura Tinha algo a nascer em mim E outra vez, em negação. Tinha que dizer sim, e me entregar em suas mãos. Willyane de Paula 25/09/2013 Overdose da noite 24.

Hybris de Setembro I

E ela dança E tem cerveja - Isso não vai prestar! E ela encanta Quando balança Meus nervos sem me tocar. Isso não vai passar. De instante decorrente De excitação latente, no banheiro, e você olha Toda intimidade que aflora Desse seu rebolar. E ela para Quando desaba minha tensão Logo agora, que minha boca implora por atenção. E não desvia Sabe que é cria da perfeição. Dessa que embala O peito e apaga a certeza no não. 23:11h 20-11-2013 São Paulo

Hybris de Setembro V

Tremer, sentir, escreveu. Falar, rimar, casou. Pensou fantasias, as fez. Escutou, vibrou, fingiu, agora se sente muda. Lembra, lembra, lembra. Repassa cada segundo. Aperta-se na ânsia de reviver. Se muda, fincou raízes naquele olhar. Simula aquela vida e um novo lar. As vezes acredita, as vezes se segura E explode em saudade, desejo e loucura. Willyane Costa 25 de Setembro para 24 de Setembro

O paulista

O paulista é grosso Mas seja fino, você não pode tratá-lo como ele te trata. Seja horizontal. O paulista não vê muitas paisagens, sem molduras, sem maleabilidade. O paulista pode sair Mas ele leva São Paulo com ele. Mas ele não vai, Nós que vamos. Porque o paulista sabe da sua importância - E nós temos que aceitar? Nós temos que observar, E movimentar o mundo, como uma rua paulista Em que o de poucos Vão-se todos. A seguir os paulistas e suas listras. São Paulo 19-09-2013

Você que vai chegar...

Talvez nos enganamos com o olhar Talvez estaremos esperando uma hora que o tempo não pode determinar a demora - Eu sei o que queria, agora. Talvez por não saber antes, que se fez necessário essa escrita. Talvez você que esteja me procurando, não vai ler Mas talvez, eu esteja te desejando que encontre a estrada certa Que não se machuque em outros sorrisos Que não se sinta sozinha, porque você tem a mim. Talvez já nos conhecemos, Talvez eu já te percebi Mas hoje eu sou do tempo Pra não quebrar as regras e me perder Talvez eu serei você Se você quiser vir aqui Talvez eu ainda tenha que viver Pra você sentir que agora vamos. Talvez não precisarão palavras nem poesia, no dia que eu te encontrar Talvez não terei mais saída, no momento em que te olhar.  Pra você, não chegou.  11/09/2013