Brasil, 2013
São olhos sem lentes que veem mais além São olhos dementes que enganam a quem Tem olhos puros para confiar Na empatia falsa que promete ajudar São olhos democráticos burocráticos com seus costumes E tratam seus olhos como se fosse estrume Que pisam e depois limpam fingindo mãos atadas Empurrando lentamente seus desejos pela escada Caindo de degrau avança o país A terra bendita bem vista que eu quis Aos 6 anos celebrando a descoberta De vidas sem leis definhando nas costelas Do livro, da ignorância, da vaidade Descendemos desses mesmos, isso é verdade Malditos que calam sem usarem suas mãos E mesmo sendo poucos mandam na multidão Que está ocupada eliminando gente de sonhos Que está engalfinhada na bola rolando Que não acredita mais em lutar E espera sentado a bolsa família chegar A sua esperança trocaram por realidade e mesmo em um livro, ela não torna-se verdade A ao próximo como a ti mesmo, preferem ignorar Pois a ameaça do amor igual, perdura para a família a