Pouco para dois
Já fez demais por menos Que agora não sobra mais tempo Para repetir o engano Para talvez, completar os planos Que riscaram tempos atrás Quando você se continha mais Em tentar fazer o melhor pra nós E se agora não tenho mais voz para te responder E se por hora, insisto em viver perdida É por não ter saída para a falta de inocência do meu querer. Já quis demais sem exigir Não fiz mais por não existir Tanta vontade de sonhar Uma vida mansa, real de se entregar Que se não mais encerre Os poemas te dedicando É porque hoje eu canto para me libertar E se eu voo sem sul É por não ter medo algum que transpire insegurança Pra não deixar sangrar lembranças Que me façam voltar Então prefiro me curar Naquilo que não inventaram E detectar: em que eu falho? Para reaproximar, de mim meus anos perdidos em ti.