Eu te teria por toda vida Pensada todos os dias Aguardando todas as horas Eu te queria em estações frias Em primaveras vazias No agosto mal vivido Eu te traria infelicidade, tristezas e maldades do mundo sem mim. E te mostraria o outro lado, esse seu ego desbravado de tão poucas duas décadas. Eu deixaria você viver. Conhecer, morrer em outro coração partido. E eu esperaria amanhecer para ver você de volta no meu amor mínimo. Desses olhos profundos enxergando os limites da minha retina E sua fala ao mundo, perambulando sem partida. Eu deixaria você ir para não se cansar E esperaria você voltar; seguir viagem até na fronteira da nossa respiração, vendo acabar o mundo; amores em flash e solidão. E minha memória perdida no tempo em graves estrofes da poesia encenada, ditada em seus ouvidos, perdida no caminho da primeira vez que te vi. Willyane de Paula